Hoje é o primeiro dia sem chuva depois de cinco dias chovendo a noite inteira, fora e dentro de casa. Na verdade até então, logo ainda nem é meia-noite, e pode ser que esse cenário mude. Na verdade, quase choveu, mas o vento roubou a chuva. A levou para chover em outro lugar. Não é pra tanto, pois esse ano vai cair muita água ainda. Quando chove, é bom, e quando não chove, também. Tirando o problema das mil goteiras... tá tudo bem. A chuva é uma faca de dois gumes. É um turbilhão de sensações e significados que ela causa e tem, que praticamente falar dela, é tecer uma longa discussão. Há quem diga que a chuva influencia em nossos pensamentos. Da mesma forma que ela funciona aqui fora, ela pode ressoar positiva e subjetivamente em nossa mente. Não duvido, já que beber água faz circular oxigênio no sangue, que corre em nossas veias das unhas ao cérebro, renovando o fluxo. A chuva é uma divindade, só pode. A ciência explica, mas nós não conseguimos expressar. Chover p
Eram nove horas em ponto quando um casal que namorava no banco foram surpreendidos pela presença de um homem que dizia horário de fechar os portões, e que iria fazer em cinco minutos. Inconformados, os amantes levantaram e se puseram fora daquele recinto arbóreo. Não custou para que os portões fossem fechados de fato, quando na quietude notívaga recai, ouve-se uma voz bradar e ecoar pela praça:”pronto, já se foram!”, e então ouve-se outra voz falando “até que enfim!”, “aí sim, heim!” disse outra voz aguda, seguida de um assovio daqueles de rasgar a boca. Ouve-se gargalhadas, galanteios e cumprimentos. Uma tosse grave pipoca e uma voz jovial recém chegada vocifera: “como é bom revê-los, poetas!", e uma voz antiga retribui dizendo “é uma honra tê-lo conosco, nobre vate!”, e todos se saúdam mutuamente: “Viva!” "Vivo era eu que queria estar.”, disse o jovem poeta calouro. "Todos nós queríamos, meu jovem, todos nós.”, retrucou a única voz feminina no recinto. E